Vereadores de Ilhabela denunciam prefeito Antonio Colucci no MP por série de irregularidades

Prefeito de Ilhabela sob fogo cruzado por irregularidades e falas polêmicas

Em uma reviravolta digna de novela, os vereadores Diana Matarazzo Falcão de Almeida, conhecida como Dra. Diana, e Raul Gonçalves Cordeiro, o Raul da Habitação, ambos membros da comissão de fiscalização da Câmara Municipal de Ilhabela, resolveram tomar uma atitude ousada. Eles protocolaram um pedido de afastamento do prefeito Toninho Colucci no Ministério Público, alegando uma série de irregularidades nas obras do município.

Aparentemente, o prefeito Colucci tem utilizado o decreto de calamidade em decorrência das chuvas que assolaram a região no início do ano como uma carta branca para promover licitações fraudulentas e direcionadas. Entre as denúncias apresentadas, destaca-se a situação da Rua Maria Dias Barbosa, localizada no bairro do Perequê. Surpreendentemente, essa via foi pavimentada há meros três meses, em uma licitação avaliada em quase 26 milhões de reais, sendo que foram destinados 651 mil reais para apenas 250 metros de rua. No entanto, o que se vê hoje é um pavimento repleto de buracos e esfarelado, revelando uma qualidade deplorável em um período tão curto de tempo.

Parece que o prefeito Colucci é um verdadeiro campeão quando o assunto são inquéritos policiais. Recentemente, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e o Ministério Público Federal (MPF) moveram uma ação contra ele, exigindo uma indenização de 2 milhões de reais por conta de suas declarações sobre o jundu. Um inquérito policial já está em curso para investigar se Toninho Colucci, filiado ao PL, cometeu crime de responsabilidade e incitou os moradores a praticarem crime ambiental.

Nessa ação conjunta, o MPF e o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente do MP-SP (GAEMA) argumentam que as afirmações do prefeito sobre o jundu carecem de fundamentos e configuram um crime ambiental. Além de exigir que a Justiça investigue Colucci por sua conduta irresponsável em relação ao meio ambiente, os promotores requerem uma indenização de 2 milhões de reais por danos morais coletivos.

É realmente intrigante testemunhar o desenrolar dessa trama. Ilhabela, que deveria ser um refúgio paradisíaco, tornou-se palco de uma gestão marcada por obras irregulares e falas controversas. Enquanto os vereadores Dra. Diana e Raul da Habitação tomam a frente na denúncia contra o prefeito, resta à população aguardar e torcer para que a justiça seja feita. Afinal, Ilhabela merece um governo que esteja à altura de sua beleza natural e não um espetáculo de escândalos e incompetência.